Alergia a contrastes é resultado de uma hipersensibilidade à molécula ou por propriedades do contraste. …
Conjuntivite alérgica: a irritação ocular é perigosa?
A conjuntivite alérgica é uma das principais alergias oculares e se manifesta após o paciente ter contato com alérgenos como poeira, pólen ou pelo de animais. A condição causa olhos vermelhos e irritados, coceira e desconforto visual. Não é contagiosa.
Introdução
A conjuntivite alérgica é uma das principais manifestações alérgicas oculares e atinge cerca de 20% da população, de acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai).
Embora a doença prejudique a qualidade de vida dos pacientes, já que causa olhos vermelhos e irritados, com prurido (coceira), inchaço e lacrimejamento, a alergia é considerada benigna e, com tratamento adequado, é curada após alguns dias. E, ao contrário das conjuntivites infecciosas, causadas por bactérias ou vírus, não é contagiosa.
As manifestações costumam ser mais recorrentes na primavera, outono e verão, quando os dias são mais quentes, secos e com vento e há mais alérgenos no ar.
O que é conjuntivite alérgica?
A conjuntivite alérgica é um tipo de alergia ocular que causa inflamação na conjuntiva, membrana que reveste o globo ocular e parte da pálpebra. A condição está associada a um processo de hipersensibilidade que pode manifestar sintomas irritativos em apenas um ou nos dois olhos.
Quais as causas da conjuntivite alérgica?
A alergia ocular é causada, na grande maioria dos casos, por um processo de hipersensibilidade mediado por IgE, em pessoas com predisposição genética para a condição. Cerca de 40 a 60% dos casos estão associados a outras alergias como asma, rinite ou dermatite atópica.
A alergia pode se manifestar após o indivíduo ter contato com alérgenos como os ácaros da poeira, pólens de grama, epitélios de animais e esporos de fungos, levando a uma inflamação alérgica da conjuntiva.
Conjuntivite é sempre alérgica? É transmissível?
Além da conjuntivite alérgica, existe ainda a conjuntivite infecciosa, causada por vírus ou bactéria. Embora os sintomas sejam semelhantes, nesses casos a coceira costuma ser em menor intensidade e há secreção amarelada ou esverdeada.
Quando a doença é viral ou bacteriana, é altamente contagiosa e pode ser transmitida pelo contato com secreções ou objetos contaminados. Já os quadros alérgicos não são contagiosos e podem ainda manifestar sintomas de rinite, o que chamamos de rinoconjuntivite.
Quais os principais sintomas?
Os principais sintomas da conjuntivite alérgica são hiperemia da conjuntiva, ou seja, olhos vermelhos e irritados e prurido (coceira). O paciente pode ainda notar as pálpebras inchadas, lacrimejamento e desconforto visual. Em situações mais graves, pode haver dor ou desconforto ao olhar para luz e secreção gelatinosa. Os sintomas podem acometer apenas um ou os dois olhos.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da condição é clínico, levando em consideração os sintomas e sinais apresentados pelo paciente durante avaliação médica. É importante ainda identificar o alérgeno causador da alergia, para evitar novos episódios. Para isso, o profissional pode solicitar testes de alergia na pele (prick teste) ou exame de sangue (dosagem de IgE específica).
Quais as opções de tratamento?
O tratamento deve ser indicado por um médico alergista em conjunto com um oftalmologista e é baseado no controle do processo inflamatório, com uso de colírios anti-histamínicos e anti-inflamatórios. Existe também a opção de lágrimas artificiais que atuam como uma proteção do olho aos alérgenos e evitam o olho seco.
Atualmente, temos à disposição a imunoterapia, tipo de tratamento conhecido como vacina antialérgica que já demonstra bons resultados para esse tipo de conjuntivite, já que induz a tolerância do alérgeno causador da alergia.
Há ainda novos tratamentos que reduzem a inflamação da conjuntiva com prescrição de imunomoduladores, imunossupressores e imunobiológicos na forma de colírios, pomadas ou até injetáveis.
Somente o médico pode avaliar qual a melhor conduta para o tratamento da condição, ao avaliar o histórico do paciente e os sintomas apresentados. A automedicação pode prejudicar o tratamento, agravar o quadro e causar complicações.
A higiene ambiental também faz parte do tratamento contra a alergia. É importante reduzir a exposição do paciente alérgico às partículas alergênicas responsáveis por desencadear os sintomas.
Como prevenir a conjuntivite alérgica?
A prevenção está associada a evitar o contato com substâncias que geralmente são gatilhos para a doença. Por isso:
- Use óculos de Sol ao ar livre para proteger os olhos de partículas de pólen ou poeira;
- Lave as mãos com frequência, principalmente após o contato com animais ou produtos químicos como perfumes e tintas;
- Evite colocar a mão nos olhos e nariz;
- No carro, utilize ar condicionado com filtro e mantenha as janelas fechadas.
Perguntas dos Pacientes
1. Como saber se é conjuntivite alérgica?
Os sintomas da conjuntivite alérgica ou infecciosa são semelhantes. O quadro alérgico, no entanto, geralmente apresenta coceira mais intensa, lacrimejamento e secreção clara. O ideal é buscar ajuda médica para identificação e tratamento adequado.
2. Como pega conjuntivite alérgica?
Ao contrário dos outros tipos de conjuntivite, a alérgica não é contagiosa. Dessa forma, os sintomas só aparecem se o paciente alérgico entra em contato com substância alergênicas como pelo de animais, pólen e ácaros.
3. Quanto tempo dura a conjuntivite alérgica?
Os sintomas alérgicos podem durar até duas semanas. A falta do diagnóstico e tratamento ou uso de medicamentos sem indicação médica podem agravar os sintomas e causar complicações.
Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI)