Alergia a contrastes é resultado de uma hipersensibilidade à molécula ou por propriedades do contraste. …
Alergia à Penicilina: será que realmente tenho?
A alergia à penicilina pode afetar muitos pacientes, pois esta substância é um antibiótico utilizado para tratamento de diversas infecções. A medicação deu origem a um grande grupo de fármacos, usados para diferentes condições e, por esta razão, ela pode ser a causa de alergias.
Introdução
Quem é que nunca ouviu falar em penicilina? A penicilina é considerada o antibiótico mais antigo do mundo, descoberta em 1928 pelo médico Alexander Fleming.
O medicamento foi considerado uma revolução na medicina na época e é, até hoje, junto de seus derivados, amplamente indicado na prática médica para tratamento de infecções. Por esse motivo, é comum a ocorrência de alergias ou reações à substância.
De acordo com a Academia Americana de Alergia, Asma e Imunologia, a alergia à penicilina geralmente é associada à infância, quando as infecções comuns da idade podem contribuir para o desenvolvimento de episódios alérgicos causados pelo medicamento ou serem confundidas com eles. Mas, cerca de 90% dos casos perderão essa sensibilidade nos próximos dez anos. E grande parte da população alérgica à droga apresenta resultados negativos quando submetidas a testes de alergia e toleram o uso da medicação.
Ao longo dos anos, a penicilina deu origem a um grande número de antibióticos, como a amoxicilina, azlocilina, carbenicilina, cloxacilina, dicloxacilina, mezlocilina, entre outras que, apesar de fazerem parte do mesmo grupo, atuam contra bactérias e infecções diferentes.
Por constituírem um grande grupo e serem eficientes para o tratamento de diferentes condições, é importante determinar com precisão se o paciente tem ou não alergia a esses medicamentos, a fim de evitar reações alérgicas na tentativa de tratar outras situações.
Quais são os principais sintomas da alergia à penicilina?
Geralmente, as reações imediatas ocorrem em menos de uma hora após a administração da penicilina no paciente alérgico e os sintomas, normalmente, afetam a pele. Os mais comuns são:
- Urticárias (erupções cutâneas com prurido);
- Angioedema (inchaço) principalmente no rosto, pés e mãos.
Em casos mais graves, o paciente pode apresentar anafilaxia e sintomas como:
- Inchaço da língua, garganta e lábios;
- Dificuldade para respirar, tosse, sensação de aperto no peito e chiado no peito;
- Tontura e perda de consciência.
Quais as opções de tratamento?
O tratamento geralmente é feito com a indicação de anti-histamínicos e, às vezes, de corticosteroides administrados por via oral ou injetável.
Já nas situações mais graves, quando há risco de morte, é necessário intervir imediatamente com uso de autoinjetor com epinefrina ou atendimento médico de urgência.
Outros tratamentos adicionais podem incluir o uso de albuterol para tratar sintomas respiratórios, administração de fluidos intravenosos e corticosteroides.
Como é feito o diagnóstico da alergia à penicilina?
O diagnóstico é feito pelo médico especialista em alergia e imunologia após investigação detalhada, considerando o histórico de saúde do paciente e resultados dos testes cutâneos.
Nesses testes, o profissional aplica formas diferentes da penicilina na pele do paciente e, posteriormente, logo abaixo da pele (teste intradérmico), para observar a evolução do indivíduo em contato com a substância.
Mesmo com resultados negativos nessas etapas, o paciente ainda é testado com uma dose oral de penicilina. Se não apresentar reações, dificilmente manifestará episódios alérgicos ao medicamento ao longo da vida.
Mas, caso o paciente apresente reações na pele (protuberâncias vermelhas) após a picada e provocações intradérmicas, significa que ele é alérgico e as penicilinas devem ser evitadas.
No entanto, em quadros de infecções que o uso da droga seja necessário, é possível fazer a dessensibilização sob cuidados médicos, para que o paciente possa fazer o tratamento com a substância temporariamente.
Perguntas dos Pacientes
1. Como saber se é alérgico a penicilina?
Os principais testes para diagnóstico da alergia são: cutâneos (quando a substância é aplicada no tecido cutâneo), intradérmicos (abaixo da pele) e oral (quando uma pequena dose é administrada via oral). Se for alérgico, o paciente apresentará reações alérgicas e sintomas como urticárias e coceira alguns minutos após o contato com a substância.
2. Quem tem alergia a penicilina pode usar amoxicilina?
Não. A amoxicilina é um antibiótico do mesmo grupo farmacológico das penicilinas. O ideal é buscar atendimento médico e testar se o indivíduo possui alergia a esse medicamento.
3. Qual antibiótico para quem tem alergia a penicilina?
É importante saber se o paciente possui alergia a medicação para evitar o uso durante tratamentos e, assim, evitar episódios alérgicos. Há outros antibióticos que podem ser prescritos para pacientes com alergia e, em casos em que a substância é absolutamente necessária, o médico pode realizar o procedimento de dessensibilização, permitindo que o indivíduo faça uso do remédio por tempo determinado.