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Urticária | Dra. Brianna Nicoletti

Urticária: tudo o que você precisa saber

A urticária é um tipo de irritação caracterizada por lesões avermelhadas e coceira na pele. As causas podem ser alérgicas ou imunológicas e precisam ser investigadas para indicação correta de tratamento e alívio dos sintomas.

Introdução

De repente, você notou algumas lesões avermelhadas na pele, com relevo, que coçam e incomodam bastante… fique, atento, podem ser urticárias. A condição de pele é bastante comum e pode ser desencadeada por fatores alérgicos e não alérgicos.

A duração dos sintomas depende do tipo da irritação: as urticárias agudas, que geralmente duram menos de seis semanas, e as crônicas, causadas por alterações no organismo do paciente e que duram mais de seis semanas.

De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) cerca de 20% da população apresenta algum episódio de urticária ao longo da vida. Embora não sejam episódios graves, dependendo da condição, o paciente pode sentir bastante incômodo e ter prejuízos nas relações sociais.

Por isso, é preciso estar atento aos sintomas e buscar um alergista para diagnosticar a doença e trata-la de forma eficaz e garantir qualidade de vida.

O que é urticária?

Urticária é um tipo de irritação cutânea caracterizada pelo surgimento de lesões avermelhadas, às vezes com relevo, que coçam e incomodam. Podem se juntar, formando placas e surgir em qualquer parte do corpo.

Quais as causas?

Episódios de urticárias agudas costumam durar menos de seis semanas e estão relacionadas à alergia a alguma substância. As mais comuns são medicações, alimentos, plantas, picadas de inseto e látex. No entanto, a irritação pode surgir após inflamações ou infecções.

Já as urticárias crônicas apresentam causas, geralmente, imunológicas. Estresse, variações hormonais, e doenças crônicas podem provocar a irritação. Elas podem ser espontâneas, quando não há um fator desencadeante específico, ou induzidas, quando existe um estímulo específico para manifestação como o frio ou calor.

Entre as induzidas, as mais comuns são as urticárias dermográficas, urticárias ao frio e colinérgica. Neste caso, o prolongamento dos sintomas pode causar problemas sociais aos pacientes, desencadeando também quadros de ansiedade e depressão.

Quais os sintomas da urticária?

Manchas vermelhas e salientes, como vergões na pele, e coceira são os principais sintomas da urticária. No entanto, as lesões podem vir acompanhadas de angioedema (inchaço) em regiões como lábios, pálpebras e língua. Dor e sensação de queimação também podem ocorrer.

Sintomas - Urticária | Dra. Brianna Nicoletti

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico de urticárias requer uma longa investigação médica, porque, diferente de outras condições ou alergias, para a maioria dos casos de urticárias não existe testes ou exames para detecção. O diagnóstico é clínico, baseado nas informações apresentadas pelo paciente, histórico clínico e nos sinais observados em avaliação durante a consulta.

Diagnóstico da Urticária | Dra. Brianna Nicoletti

Quando há a suspeita de urticárias induzidas, o médico pode solicitar o teste de provocação, para induzir os sintomas com estímulos variados, com o intuito de descobrir qual é o causador da irritação.

Quais as opções de tratamento da urticária?

O tratamento para as urticárias com causas alérgicas é feito com o uso de anti-histamínicos e com a indicação de evitar o estímulo. Ou seja, se for observado que o episódio de urticária aparece após a ingestão de algum alimento específico, o ideal é evita-lo.

Já nos casos de urticárias crônicas, o esquema de tratamento é baseado no uso de anti-histamínicos, de 2ª geração como primeira e segunda linha, e medicações biológicas (os anti-IgE) nos casos refratários. A ciclosporina (que é um imunossupressor) é indicada nos casos que não respondem a todas outras tentativas de tratamento.

Urticária e qualidade de vida

As lesões na pele e coceira incômoda, que pode durar meses nos quadros de urticárias crônicas, podem trazer alterações na rotina dos pacientes e prejudicar a qualidade de vida.

Os pacientes com urticárias crônicas podem apresentar alterações no sono devido à coceira e incômodo das lesões e até problemas relacionados ao convívio social, por preconceito ou receio de contágio. Essas interferências podem estar acarretar quadros de ansiedade e depressão nos pacientes.

O tratamento pode aliviar os sintomas e devolver a autoestima e qualidade de vida aos pacientes com a doença no estágio crônico.

Perguntas dos Pacientes

1. Como saber se tenho urticária?

Manchas avermelhadas na pele, às vezes com relevo, que coçam e causam desconforto, são os principais sintomas de urticárias. O paciente pode ainda apresentar inchaço no rosto. Mas, esses sinais podem indicar outras situações como doenças dermatológicas ou alergias mais graves. Por isso, ao notar algum sintoma, procure um médico para investigação e detecção correta.

2. Qual a diferença entre alergia e urticária?

A urticária pode ser causada por fatores alérgicos. A urticária aguda, por exemplo, pode se manifestar após a ingestão de alimentos, medicamentos ou contato com outras substâncias como látex. No entanto, nem toda urticária é alérgica, e, em alguns casos, diferentemente das alergias, a condição não apresenta fatores desencadeantes.

3. Como aliviar a urticária?

Antes de tudo, é preciso ter certeza de que se trata de urticária, já que muitas doenças de pele e alergias podem apresentar sinais similares. Ao ter o diagnóstico confirmado, com informações sobre o tipo e causas, é preciso realizar o tratamento indicado pelo médico de forma correta para alívio do quadro.

4. Como se pega urticária?

A irritação de pele é causada por fatores alérgicos ou imunológicos do organismo do paciente. Portanto, a condição não é contagiosa e o contato com alguém com episódios de urticária não é um risco para desenvolvimento da doença.

Referências:
Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI)

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