Alergia à picada de insetos: você já ouviu falar?

A alergia à picada de insetos é comum em qualquer faixa etária, principalmente crianças. Geralmente é causada por formigas, mosquitos, abelhas ou marimbondos. Manchas avermelhadas, coceira e dor local são as principais manifestações.

Introdução

Picadas de formigas e mosquitos são bastante comuns, principalmente nesta época do ano, quando deixamos os braços e pernas mais expostos e, geralmente, nos reunimos em locais ao ar livre, com maior concentração de insetos. Além disso, o calor e maior incidência de chuvas no verão propiciam a proliferação de mosquitos e outros bichos, aumentando, assim, a ocorrência desse tipo de alergia.

A alergia pode acometer idosos, adultos e, principalmente, crianças. No entanto, é importante destacar que, embora seja frequente, a alergia pode apresentar diferentes manifestações no paciente, a depender da substância causadora, que pode ser a saliva de animais ou o veneno. Em alguns casos, o quadro pode evoluir rapidamente, causar reações generalizadas e até choque anafilático.

O que é alergia à picada de insetos?

É a reação alérgica que se manifesta após a picada de insetos como formigas, mosquitos, abelhas e carrapatos. As manifestações podem ocorrer devido à hipersensibilidade do paciente à saliva desses animais ou ao veneno injetado durante a picada.

Quais as principais manifestações?

As reações variam de acordo com a motivação. A mais comum é a alergia causada pelo efeito irritativo da saliva dos insetos injetada no paciente no momento da picada. Geralmente ocasionada por mosquitos, moscas, pulgas e carrapatos, costuma apresentar ação irritativa local com vermelhidão, às vezes com relevo, e coceira.

No entanto, algumas pessoas podem apresentar maior sensibilidade e manifestar reações mais graves e sistêmicas, como feridas que podem infeccionar. Pode ocorrer ainda manifestações alérgicas em outras partes do corpo, diferente do local da picada, o que é chamado de estrófulo ou prurigo estrófulo.

Existe ainda a alergia causada pelo veneno dos insetos como abelhas, vespas, formigas e marimbondos. Nestes casos, o paciente alérgico pode ter reações imediatas como dor, inchaço (angioedema) e apresentar vermelhidão no local da picada. Em casos mais graves, as reações podem se estender por uma grande área do corpo e pode ocorrer anafilaxia.

Quais os sintomas da alergia à picada de insetos?

Nos casos de reações irritativas, os sintomas mais frequentes são vermelhidão no local da picada, às vezes com dor, coceira e vergão. Algumas pessoas podem apresentar reações mais graves, com lesões que podem aparecer no corpo todo (prurigo estrófulo) e infeccionar, deixando cicatrizes. As lesões de pele podem durar dias.

Já nas reações alérgicas ao veneno de animais, o paciente pode apresentar desde uma manifestação local, até reações sistêmicas em uma grande área do corpo, angioedema e choque anafilático, com risco de perder a vida. Outros sintomas menos frequentes, mas graves, são tosse, chiado no peito, dor de barriga, diarreia e vômitos, hipotensão, desmaios e sonolência.

Como prevenir a alergia à picada de insetos?

O ideal é evitar as picadas. Para isso, podemos optar pelo uso de mosqueteiro na cama e tela de proteção na janela, dificultando a chegada dos insetos. Mantenha janelas e portas fechadas nos períodos de nascer e pôr do Sol.

Além disso, é indicado o uso de repelentes na pele, mas que deve ser adequado à faixa etária do paciente. Inseticidas também são uma alternativa, mas devem ser utilizados com cuidado. Fique atento com gramas e use calçados.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é clínico, realizado após observação das manifestações alérgicas. As lesões causadas por alergia a picadas de insetos possuem aspecto característico.

No entanto, existem testes cutâneos e exames (IgE Específica) que podem identificar a causa da alergia, nos casos de reações imediatas.

Quais as opções de tratamento?

O tratamento é feito com medicamentos. Pomadas de corticoide e antialérgicos geralmente são indicadas para as reações irritativas. Para as manifestações imediatas, além dessas alternativas, nas situações mais graves, com risco de perder a vida, às vezes é necessário fazer uso de caneta de adrenalina. Há ainda a opção do tratamento com imunoterapia (vacina antialérgica) para redução das chances de novas reações quando a pessoa se expõe ao agente causador.

Consulte um médico especialista para correta indicação do tratamento, saiba como agir em casos de picadas e, principalmente, busque ajuda ao notar manifestações mais graves.

Dicas para usar repelentes em crianças com segurança

• Leia o rótulo e siga todas as instruções e precauções;
• Aplique repelentes de insetos apenas na parte externa das roupas do seu filho e na pele exposta. Borrife nas mãos e depois passe no rosto, evitando boca e olhos;
• Pulverize inseticidas em áreas abertas;
• Utilize apenas a quantidade suficiente para cobrir as roupas e a pele exposta do seu filho. Usar mais repelente não torna o repelente mais eficaz. Evite reaplicar, a menos que seja necessário;
• Ajude a aplicar repelente de insetos em crianças pequenas. Supervisione crianças mais velhas ao usar esses produtos;
• Lave a pele de seus filhos com água e sabão para remover qualquer repelente quando eles voltarem para dentro de casa e lave suas roupas antes de usá-las novamente;
• Nunca aplique repelente de insetos em crianças com menos de dois meses;
• Não borrife o produto diretamente no rosto, próximo da boca, feridas ou pele irritada;
• Não use produtos que combinem Dietil toluamida, popularmente conhecido como DEET (repelente de insetos), com protetor solar. O DEET pode tornar o fator de proteção solar menos eficaz. Esses produtos podem expor demais o seu filho ao DEET porque o protetor solar precisa ser reaplicado com frequência.